O Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), equipamento da Fundação Pedro Calmon (FPC/Secult-BA), realizou na última sexta (22) a mesa de conversa “Vozes de 1798: Memória, Luta e Reivindicação Popular na Revolta dos Búzios”. O evento trouxe como tema a Revolta dos Búzios, um marco fundamental na luta popular no século XVIII, destacando suas vozes, memórias e reivindicações por igualdade e justiça social.
“É um momento importantíssimo. Tratar a Revolta dos Búzios, discutir, rever a nossa história, a nossa ancestralidade, é um momento mágico, que de fato precisa estar sempre em palco”, disse Caruso Costa, chefe de gabinete da Fundação Pedro Calmon.
A mesa contou com a presença do cineasta Antônio Olavo, da historiadora Bárbara Saldanha e do professor Flávio Márcio Cerqueira do Sacramento e faz parte da programação especial do APEB dedicada à valorização de eventos históricos cuja documentação é vigiada pela instituição.
Segundo o professor, foi no arquivo que ele começou a encontrar a documentação sobre a importância do Recôncavo na Revolta: “Há documentos de alguns personagens, em relação à participação das mulheres e também de cidades como Santo Amaro e Cachoeira.”
Sobre a Revolta dos Búzios
Mais conhecida como Conjuração Baiana, a Revolta de Búzios foi um marco na história do Brasil e principalmente da Bahia. A favor da liberdade, igualdade racial e implantação de uma República no estado, ocorreu entre 1798 e 1799, virando uma faísca para a Independência da Bahia, que aconteceu posteriormente.
Foto de capa: Danillo Costa/FPC
